ADS Estremoz, Agrupamento de defesa Sanitária - Ovinos, Caprinos e Bovinos

ENTREVISTAS

Em entrevista à ADS ESTREMOZ

ENTREVISTAS

25/08/2014

Sr. João Ramalho | Herdade da Mascarenha

Sr. João Ramalho

Residente na Quinta da Salgada, em Rio de Moinhos, o Sr. João António Anjinho Ramalho, de 74 anos, é proprietário de 302 hectares – Herdade da Mascarenha – onde possui cerca de 160 bovinos adultos mais as crias.

Sendo um dos sócios fundadores do ADS de Estremoz, contribui activamente para o desenvolvimento do sector da pecuária, na nossa região.

 

1 – Há quanto tempo trabalha na pecuária?

Desde muito cedo que lido com os animais. Em gaiato andava por lá com o meu pai. Depois, em 1963, casei e comecei a ter as minhas ovelhas, cabras e os porcos. As vacas foram só em 1973, quando morreu o meu sogro e eu fiquei com as vacas que eram dele.

 

2 – Que espécies tem na sua exploração? Qual a predominante e porquê?

Vacas. As vacas dão-me menos trabalho. As ovelhas precisavam de mais vigilância, eram roubadas e os borregos comidos pelas raposas…

Antes tinha outras herdades arrendadas, onde tinha os outros animais, uns em cada sítio. Agora tenho as vacas todas no mesmo sítio. É só uma exploração onde trabalhar.

 

3 – O retorno recebido compensa o investimento efetuado por cada animal?

Não. Há muitas despesas sem documentação. Por exemplo o gasóleo que gasto nas voltas. Eu ando sempre por lá a ver, no meu jipe. Mesmo que peça fatura do gasóleo, não posso apresentar como despesas. E ainda se paga 10% de imposto.

 

4 – Na sua opinião, qual é o principal obstáculo, no nosso país, à ascensão do sector?

Há tanta coisa mal!

Por exemplo, agora há projectos para a compra de maquinaria agrícola. O estado dá metade do valor. Mas, na altura da compra somos nós que temos que pagar tudo mais IVA e mandar a cópia da fatura, do cheque e do documento do banco, comprovativo do desconto do valor na conta do cliente. O dinheiro só vem passados três a quatro meses.

Antigamente fazia-se o projeto, comprava-se o material e pagávamos a nossa parte. Quando quando viesse o apoio do estado pagávamos o resto, porque o vendedor esperava.

Dantes havia mais confiança e facilidade na aquisição das coisas, quer tivéssemos o dinheiro na altura, quer não tivéssemos.

 

5 – Que estímulo precisa o sector para aumentar a produção?

Maior facilidade na obtenção de apoios para a aquisição de material.

Mais fiscalização numas áreas em que há pouca e menos fiscalização onde há muita.

 

6 – Quais os principais problemas, de saúde animal, com que se deparou ao longo deste tempo? Como os solucionou?

Não tenho tido problemas graves. Lá morre um animal ou outro…

 

7 – Quais as diferenças na pecuária antes e depois da fundação do ADS?

Antes, umas vezes chamávamos um veterinário, noutras vezes chamávamos outro, principalmente quando estava algum animal doente. E tínhamos que andar a procura-los.

Agora, com o ADS, é mais fácil encontrar as pessoas. Encontramo-nos lá.

Agora também é mais fácil resolver os assuntos da exploração, que nos estão a pedir a toda a hora, porque os serviços estão todos no mesmo sítio.

 

8 – Há quanto tempo é sócio do Agrupamento?

Sou sócio desde a fundação. Já era sócio da ACORE.

 

9 – Qual a importância de ser sócio para a sua exploração?

Onde é que ia tratar dos nascimentos, mortes, movimentações dos animais?!

Antes tinha que ir a Monforte, agora posso tratar de tudo em Estremoz, que é mais perto da minha residência.

 

10 – Apresente algumas propostas para melhorar os serviços.

Parece-me tudo bem. Sou bem atendido.

O balcão da Farmácia é que é um pouco pequeno.


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