ENTREVISTAS
Em entrevista à ADS ESTREMOZ
Sr. João Ramalho | Herdade da Mascarenha
Sr. João Ramalho

Residente na Quinta da Salgada, em Rio de Moinhos, o Sr. João António Anjinho Ramalho, de 74 anos, é proprietário de 302 hectares – Herdade da Mascarenha – onde possui cerca de 160 bovinos adultos mais as crias.
Sendo um dos sócios fundadores do ADS de Estremoz, contribui activamente para o desenvolvimento do sector da pecuária, na nossa região.
1 – Há quanto tempo trabalha na pecuária?
Desde muito cedo que lido com os animais. Em gaiato andava por lá com o meu pai. Depois, em 1963, casei e comecei a ter as minhas ovelhas, cabras e os porcos. As vacas foram só em 1973, quando morreu o meu sogro e eu fiquei com as vacas que eram dele.
2 – Que espécies tem na sua exploração? Qual a predominante e porquê?
Vacas. As vacas dão-me menos trabalho. As ovelhas precisavam de mais vigilância, eram roubadas e os borregos comidos pelas raposas…
Antes tinha outras herdades arrendadas, onde tinha os outros animais, uns em cada sítio. Agora tenho as vacas todas no mesmo sítio. É só uma exploração onde trabalhar.
3 – O retorno recebido compensa o investimento efetuado por cada animal?
Não. Há muitas despesas sem documentação. Por exemplo o gasóleo que gasto nas voltas. Eu ando sempre por lá a ver, no meu jipe. Mesmo que peça fatura do gasóleo, não posso apresentar como despesas. E ainda se paga 10% de imposto.
4 – Na sua opinião, qual é o principal obstáculo, no nosso país, à ascensão do sector?
Há tanta coisa mal!
Por exemplo, agora há projectos para a compra de maquinaria agrícola. O estado dá metade do valor. Mas, na altura da compra somos nós que temos que pagar tudo mais IVA e mandar a cópia da fatura, do cheque e do documento do banco, comprovativo do desconto do valor na conta do cliente. O dinheiro só vem passados três a quatro meses.
Antigamente fazia-se o projeto, comprava-se o material e pagávamos a nossa parte. Quando quando viesse o apoio do estado pagávamos o resto, porque o vendedor esperava.
Dantes havia mais confiança e facilidade na aquisição das coisas, quer tivéssemos o dinheiro na altura, quer não tivéssemos.
5 – Que estímulo precisa o sector para aumentar a produção?
Maior facilidade na obtenção de apoios para a aquisição de material.
Mais fiscalização numas áreas em que há pouca e menos fiscalização onde há muita.
6 – Quais os principais problemas, de saúde animal, com que se deparou ao longo deste tempo? Como os solucionou?
Não tenho tido problemas graves. Lá morre um animal ou outro…
7 – Quais as diferenças na pecuária antes e depois da fundação do ADS?
Antes, umas vezes chamávamos um veterinário, noutras vezes chamávamos outro, principalmente quando estava algum animal doente. E tínhamos que andar a procura-los.
Agora, com o ADS, é mais fácil encontrar as pessoas. Encontramo-nos lá.
Agora também é mais fácil resolver os assuntos da exploração, que nos estão a pedir a toda a hora, porque os serviços estão todos no mesmo sítio.
8 – Há quanto tempo é sócio do Agrupamento?
Sou sócio desde a fundação. Já era sócio da ACORE.
9 – Qual a importância de ser sócio para a sua exploração?
Onde é que ia tratar dos nascimentos, mortes, movimentações dos animais?!
Antes tinha que ir a Monforte, agora posso tratar de tudo em Estremoz, que é mais perto da minha residência.
10 – Apresente algumas propostas para melhorar os serviços.
Parece-me tudo bem. Sou bem atendido.
O balcão da Farmácia é que é um pouco pequeno.
INFORMAÇÃO ÚTIL

Resíduos Veterinários
O ADS de Estremoz informa que possui contentor próprio para depósito de resíduos veterinários.
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RUMIGEST
Projeto que visa a gestão e controlo pecuário para os efetivos bovinos e ovinos dos sócios do ADS de Estremoz. (ler mais)

Febre Catarral Ovina - Língua Azul
Campanha Obrigatória de Vacinação de Ovinos - Língua Azul 2016 (ler mais)

Sala de Formação
O ADS de Estremoz dispõe de um espaço para a realização de formações. (ler mais)

ACORE
10 de nov. de 1986, foi registada, no Cartório de Estremoz, a ACORE – Assoc. de Criadores de Ovinos da Região de Estremoz. (ler mais)

Posto de Venda de Medicamentos Veterinários
De segunda-feira a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 (ler mais)